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Âncora 1

IPCA-15 de Goiânia registra maior prévia da inflação do País

Puxado pelos aumentos dos combustíveis, da energia elétrica e do transporte por aplicativo, IPCA-15 registrou alta de 1,85 em novembro, maior taxa para o mês desde 2005




O fantasma dos reajustes de preços continua assombrando o orçamentos do goianiense. A prévia da inflação de novembro na capital registrou uma alta de 1,86%, segundo o Índice nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15(IPCA-15), a maior taxa desde 2005, quando o índice chegou em 2,14% em novembro. Com isso, Goiânia teve a maior inflação entre as capitais pesquisadas pelo IBGE no período. A alta no custo de vida para o goianiense foi puxada por novos aumentos de mais de 6% nos combustíveis e de mais de 10% na energia elétrica.


Com o resultado de novembro, o índice de inflação acumulado no ano atingiu os 10,07% e o acumulado nos últimos doze meses chegou a 11,09%. Dos nove grupos pesquisados, oito apresentaram alta na prévia do IPCA de novembro em Goiânia, que calcula a inflação para as famílias com renda de até 40 salários mínimos. O maior aumento ocorreu no grupo Habitação, cujos preços subiram 4,66%, a sétima alta consecutiva, puxada pelo gás de botijão, que subiu mais 3,12% no mês e que já acumula alta de 43,58% nos últimos 12 meses meses.


O superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, ressalta que a alta deste grupo ficou bem acima da média nacional, que foi de pouco mais de 1% no mês. Ele lembra que o maior impacto veio do reajuste tarifário anual no Estado, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em outubro. “Junto com a alta do gás, este aumento fez o grupo ter uma alta quatro vezes maior que o país”, destaca


No grupo de Transportes, os preços aumentaram 3,14% em novembro, índice também bem acima da média nacional. Os preços dos combustíveis já acumulam uma alta de 46,35% este ano, na média: só o etanol já subiu 58,3% nos últimos 12 meses. Outra destaque do grupo foi o reajuste de mais 25,6% nos serviços de transporte por aplicativos, cujos preços médios já subiram 54,71% este ano e quase 70% em 12 meses.


Desta vez, os preços dos alimentos e bebidas subiram menos (0,59%), evitando que a inflação fosse ainda maior na capital em novembro, segundo o superintendente do IBGE. Ele dá o exemplo do preço das carnes, que começaram a cair: o Acém ficou 4,56% mais barato e o coxão mole, que ficou 3,7% mais barato. Frutas e verduras também tiveram queda.


As maiores pressões positivas vieram de altas nos preços da refeição, do frango em pedaços, que já acumula 23% de aumento em 2021, e do óleo de soja, que subiu mais 2% este mês. “O que mais chama atenção é a persistência da inflação, que está na casa dos dois dígitos e pode levar a novas altas nos juros”, alerta Edson.


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