Em Goiânia a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,37% em maio. Resultado bem menos da metade do registrado em abril, de 0,81%. O acumulado do ano de 2022 chega a 5,02% e nos últimos 12 meses a 12,3%. A inflação na capital goiana em maio ficou abaixo da média nacional (0,47%), mas os índices acumulados são maiores.
No Brasil, o acumulado do ano foi de 4,78% e a variação dos últimos 12 meses chegou a 11,73%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9/Jun) pelo IBGE.
A menor inflação em Goiânia de maio é creditada à queda nas tarifas de energia elétrica residencial, de 8,79%. Em abril, a energia elétrica havia caído 10,6%, por conta do fim da tarifa emergencial. Embora esta despesa acumula queda de 12,2% no ano, no acumulado dos últimos 12 meses continua em alta de 12,6%. Essa queda pode não se repetir nos meses seguintes. É que a redução foi influenciada, principalmente, pelo fim dessa tarifa emergencial. E os demais custos de vida pouco cederam.
O levantamento do IBGE mostrou que o item que mais pesa na cesta de compras das famílias goianienses com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos é o veículo próprio. Em maio, o item subiu 1,28%. O preço do carro próprio subiu 18 vezes consecutivas, o que justifica o acumulado de 13,9% nos últimos 12 meses.
O segundo item de maior peso é o de combustíveis, que teve a terceira alta consecutiva em maio (0,9%), acumulando 8,1% no ano e 28% nos últimos 12 meses. Completando a lista, o terceiro item com maior peso na cesta de compras das famílias goianienses é aluguel e taxas, com aumento de 0,88% em maio, acumulando 6,99% no ano e 10% em 12 meses.
“Outro ponto importante é o "vestuário e mão de obra". Esse custo de mão de obra elevado puxa o custo das confecções, transporte, pessoal. Goiânia, por ter um vestuário mais barato, tem um impacto grande nesse número. A roupa barata ficou um pouco mais cara”, frisa.
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