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Âncora 1

Transportes em Goiânia subiu acima do nacional e impactou na inflação, diz IBGE



A inflação(IPCA-15) no Brasil teve variação de 1,17% no mês de novembro, pressionada pelo setor de transportes, com destaque para os combustíveis, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Goiânia, a variação foi de 1,86%, acima da média nacional. Em entrevista à Sagres, o representante do IBGE em Goiás, Edson Vieira, afirmou que o grupo de transportes tem pressionado a capital desde o início do ano e causado uma subida na inflação acima do nível nacional nos últimos 12 meses.


“Ao analisar esse período, Goiânia está com 11,7%, acima do nacional, que está na casa dos 10,73%. Ambas as regiões acima dos dois dígitos, algo que não víamos há muito tempo, mas esse setor de transportes de fato tem feito a diferença aqui em Goiânia. Tivemos uma nova alta de 5,87% no preço da gasolina, o etanol com nova elevação, o óleo diesel, tão importante na formação dos custos de vários preços da nossa economia também subiu 10% aqui em Goiânia em novembro”, detalhou Edson.


O chefe do IBGE alertou que a pesquisa não levanta os motivos para a elevação de cada grupo, mas que o impacto nos combustíveis não deve ter relação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado em Goiás, pois não houve mudança na alíquota do tributo. Apesar disso, os índices na região são maiores em Goiânia, tanto no mês de novembro, quanto em todo o ano.


“Quando se observa o setor de transportes, neste mês de novembro, tivemos uma elevação em nível nacional de 2,89% e aqui, em Goiânia, a elevação foi de 3,14%. Quando a gente olha o ano, tivemos 18,6% de elevação no Brasil e 21,1% em Goiás”, destacou.

Um fator de preocupação é que o setor de transportes pressiona outros grupos. Por exemplo, o setor de alimentação e bebidas, que tem o segundo maior peso no cálculo da inflação em Goiânia, também sofre com esses impactos.


“É uma junção que acaba sendo perversa porque você tem elevações maiores de preço junto com um peso maior. Estamos aqui falando de um grupo que tem impactos diretos muito fortes sobre a população e indiretos também. Só neste mês, há uma elevação de 10% no preço do óleo diesel e isso impacta significativamente outros setores da sociedade”, pontuou Edson Vieira.


Outro ponto identificado para a alta da inflação em Goiânia foi o aumento da energia elétrica, segundo o chefe do IBGE. “A gente chama a atenção para o setor de habitação, um grupo que tem menos peso, mas que, puxado pela energia elétrica (alta de 10,93%) e pelo gás de botijão, fez a diferença. Isso fez com que Goiânia tivesse esse destaque negativo em relação à inflação em nível nacional”, explicou.


Edson reforçou ainda que enquanto o Brasil teve a maior taxa para o mês de novembro desde 2002, Goiânia também tem um índice significativo, com o registro de sua maior taxa desde 2005, além de ter a maior inflação dentre as 16 regiões calculadas pelo IBGE.

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